Arquivo para junho, 2020

Aniversário

 

Gisela Markenson  aniversariante da quinta-feira 25

GISELA MARKENSON COMEMORA NOVA IDADE
Na quinta-feira, 25, a estrela Gisela Markenson, uma das mais belas e elegantes mulheres da sociedade carioca, comemorou sua nova idade ao lado do seu marido Ricardo com refinado almoço. Mimos e mimos foram chegando no decorrer do dia e belas mensagens de amigos queridos.

NOVA LINHAGEM DO VÍRUS DA ZIKA
Pesquisadores identificaram uma nova linhagem do vírus da zika em circulação pelo Brasil. A constatação foi feita por profissionais da Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fiocruz Bahia Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A descoberta foi feita a partir de uma  ferramenta que monitora as sequências genéticas do vírus. Conforme reportagem do G1, os pesquisadores detectaram, pela primeira vez no país, um tipo africano dele, com potencial de originar uma nova epidemia. A descoberta foi publicada no início de junho, no periódico “International Journal of Infectious Diseases”.

INAUGURAÇÃO DO HOSPITAL CLÉRISTON ANDRADE II
Por conta da chuva, foi adiada a abertura do Hospital Geral Clériston Andrade 2 (HGCA 2), que aconteceria na próxima segunda-feira (29). O deputado federal Zé Neto informou ao Acorda Cidade que a nova data prevista é 6 de julho.

NUVEM DE POEIRA GODZILLA ESTÁ CHEGANDO NA AMÉRICA
‘Nuvem de poeira Godzilla’. Esse foi o nome que deram para uma gigantesca mancha opaca que está encobrindo há dias parte do Oceano Atlântico. E para carregar a denominação de um monstro fictício conhecido no mundo todo é porque ela promete causar um grande rebuliço no planeta.

Nas imagens capturadas por satélites, é possível ver uma nuvem marrom que vai da África até o Caribe e cobre os tradicionais azul e branco já vistos antes por satélite. Segundo especialistas, trata-se de um fenômeno recorrente a cada ano, mas que parece ter se intensificado em 2020.

AS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO CHEGAM  AO CEARÁ
As águas do Rio São Francisco chegam nesta sexta-feira (26) ao Ceará, com o acionamento da comporta do Eixo Norte do Projeto de Integração do São Francisco. A cerimônia deverá ter a presença do presidente República, Jair Bolsonaro.

Com a abertura da comporta, as águas que já abastecem o Reservatório Milagres, em Pernambuco, passarão pelo Túnel Milagres, na divisa dos dois estados, chegarão ao Reservatório Jati e seguirão, por fim, até a Paraíba e o Rio Grande do Norte.

CPF ON-LINE
O SAC Digital, plataforma eletrônica de serviços do Estado, passou a emitir o CPF de forma on-line, desde a quinta-feira (25), sem precisar que o cidadão se desloque pessoalmente para ter acesso ao documento. Também estarão disponíveis no SAC Digital outros serviços relacionados ao Cadastro de Pessoa Física (CPF) como expedição da 2ª via, regularização e alteração do cadastro, além de emissão de comprovante de situação cadastral.

História

Fotografia da Duquesa de Goiás – Wikimedia Commons

A INTRIGANTE DUQUESA DE GOIÁS
As relações extraconjugais eram comuns na vida de Dom Pedro I. Seu caso mais comentado e fervoroso aconteceu com Domitila de Castro, posteriormente conhecida como Marquesa de Santos.

A relação proibida resultou no nascimento de alguns filhos, inclusive a linda menina Isabel Maria de Alcântara. Sua vida foi feliz e enquanto pôde a garota conviveu com o pai, porém, sua verdadeira história permaneceu escondida.

Primeiros anos
Nascida em 23 de maio de 1824, no Rio de Janeiro, Isabel Maria de Alcântara Brasileira, foi a primeira e até hoje, a única duquesa de Goiás. A história que foi contada sobre o nascimento da menina era de que ela teria sido abandonada por seus pais verdadeiros, na casa do coronel João de Castro — que na realidade, era seu avô materno.

Sendo assim, Dom Pedro I teria legitimado a menina como sua filha, porém, em sua certidão, o nome da mãe permaneceu desconhecido. Um pouco antes de Maria completar dois anos, seu pai concedeu a ela o título de Duquesa de Goiás, a partir desse momento, era oficialmente uma Alteza. O ato do imperador chocou a sociedade da época.

Pintura de Dom Pedro I, em 1834 / Crédito: Wikimedia Commons

Ainda muito pequena, a duquesa conviveu com a imperatriz Leopoldina, antes do falecimento da primeira mulher do imperador. Além disso, Isabel passou a frequentar o palácio oficial com frequência, sendo criada junto com os outros filhos do imperador, até mesmo com Dom Pedro II.

Contudo, a regalia não duraria muito. Após a morte de Leopoldina, seu pai conheceu Dona Amélia, que não estava nada feliz com a presença da filha bastarda de seu marido no palácio, em São Cristóvão.

Mudança de planos
Ainda muito pequena, aos cinco anos de idade, a garotinha foi enviada para Europa. Isabel estudou na França, e a intenção do imperador era de que a menina se tornasse freira.

A viagem de navio que a duquesa enfrentou foi extremamente complicada, uma grande tempestade danificou o navio, o percurso até o destino final foi alterado algumas vezes para a segurança da menina, até que ela finalmente chegasse a Paris sã e salva.

Isabel passou a estudar no renomado internato Ecole du Sacré-Coeur, para onde as filhas dos aristocratas católicos eram levadas. Seu pai acompanhou à distância o desempenho da menina, que foi descrita pelas freiras como muito dócil, porém, não gostava quando era forçada a estudar.

As coisas mudaram um pouco na vida de Maria, quando Dom Pedro I abdicou do trono no Brasil e se mudou para a Europa junto com sua esposa, que inicialmente não gostava da ideia de conviver com a menina.

De todos os filhos do imperador com Domitila, Isabel foi a que teve maior contato com a segunda esposa de seu pai. Aos poucos, a doçura da criança foi abrindo o coração de sua madrasta, que logo aceitou adotá-la como filha.

Após o falecimento de Dom Pedro I, em 24 de setembro de 1834, a educação da garota passou a ser responsabilidade de Amélia e de sua mãe, a duquesa Augusta, que criaram Isabel como filha.

Vida adulta
Em 1839, aos 15 anos ela pôde abandonar o internato, já que seus familiares perceberam que se tornar freira não era a verdadeira vocação da garota. A menina foi enviada para estudar em Munique, na Alemanha.

A partir daí, a família Leuchtenberg passou a procurar um noivo para a duquesa de Goiás, o que não foi difícil — já que seus grandes olhos escuros e cabelos negros chamavam a atenção dos homens.

Devido à sua família nobre, aos 19 anos, a menina conseguiu acumular um bom dote e se casou com o conde Ernesto José João Fischler de Treuberg, um homem muito rico e treze anos mais velho que Isabel. A relação rendeu à mulher quatro filhos, que cresceram na Alemanha. Porém, mesmo distante a conexão com sua família permaneceu próxima, através de cartas que ela trocou até o fim de sua vida.

Marquesa de Santos, a verdadeira mãe de Isabel / Crédito: Wikimedia Commons

Revelações
Para Amélia era imprescindível que a verdade sobre as origens de Isabel Maria permanecessem um segredo. Essa era uma ordem que Dom Pedro I havia deixado, para que a posição da menina na nobreza, não fosse prejudicada.

Entretanto, na vida adulta, ela acabou descobrindo quem era sua verdadeira mãe, com quem nunca teve contato. As fontes históricas contam que apesar de viver uma vida baseada em uma mentira, a duquesa foi feliz.

Ela conseguiu um casamento bom e estável, além de ser muito próxima de seus filhos. A duquesa faleceu em 3 de novembro de 1898, aos 74 anos, no distrito alemão de Murnau am Staffelsee, em decorrência da idade avançada. A delicadeza e a beleza de Isabel Maria de Alcântara foi um marco da personalidade da protetora da província de Goiás.

História

Retrato de Ana de Jesus Maria de Bragança, pintado por Nicolas-Antoine Taunay – Wikimedia Commons

A ÚLTIMA FILHA DE D. JOÃO VI E CARLOTA JOAQUINA
Conhecida por sua independência, Ana teve autonomia na escolha de seu casamento, porém, muitos acreditam que a infanta era fruto de uma traição.

“Uma Senhora cheia de vivacidade, de grande inteligência, que conservava vestígios de grande formosura, tinha belos olhos negros e as vistas animadas”, é assim que Ana de Jesus Maria de Bragança foi descrita pelo Princípe Félix de Lichnowsky.

A filha mais nova de Dom João VI e Dona Carlota Joaquina, fazia sucesso por sua aparência, mas, a jovem ia muito além disso e demonstrava traços fortes de independência feminina, numa época em que a vontade da mulher pouco importava. Porém, ao longo de toda sua vida, Ana viveu cercada da dúvida se era mesmo a filha do rei de Portugal e imperador do Brasil.

Primeiros anos
A primeira marquesa de Loulé nasceu em 23 de Outubro de 1806, na vila de Mafra, em Portugal. Filha de Dona Carlota Joaquina, a menina veio ao mundo no momento em que o casamento de sua mãe com o rei já estava em um nível insustentável.

Segundo as fontes históricas, o nobre já não mantinha relações sexuais com sua esposa há muitos anos. Quando os três últimos filhos de Carlota nasceram, os rumores de que eles não seriam verdadeiramente filhos de Dom João, aumentaram.

Pintura da Marquesa de Loulé / Crédito: Wikimedia Commons

Durante a união conturbada, sua mãe teve vários amantes e os relatos da época diziam que a marquesa era filha de um jardineiro, ou de um serviçal do palácio. Em 1808, ainda criança, a menina teve que partir para o Brasil junto com a família real portuguesa, devido à invasão napoleônica em Portugal.

Casamento
Já na época de se casar, Ana tomou uma atitude diferente de suas irmãs. Ao contrário delas, a moça não se casou por razões políticas e se tornou a primeira infanta de Portugal a realizar um matrimônio com alguém que não fosse da categoria real, desde a Idade Média.

Maria de Bragança casou-se em 5 de dezembro de 1827, seu marido, Nuno José Severo de Mendoça Rolim de Moura Barreto — um general, político e maçom. A cerimônia foi realizada de maneira privada, já que a união foi considerada um escândalo na época. Além disso, o casamento não foi aprovado pelo rei.

A razão pela qual os historiadores acreditam que a mulher não tenha se casado simplesmente por conveniência foi a sua gravidez, quando Ana se casou ela já estava esperando um filho, o que indica a relação íntima do casal.

Retrato de Ana de Jesus Maria de Bragança, pintado em 1826 / Crédito: Wikimedia Commons

Separação e dias finais
Após a morte de Dom João VI, as disputas pelo trono cresciam gradativamente, no entanto, Ana não tinha interesse nenhum em seguir nessa competição. Por isso, a bela decidiu se exilar com a sua mais nova família. O casal teve cinco filhos, alguns nascidos no Brasil e outros na Europa — para onde eles foram.

A infanta viveu boa parte desse período de sua vida longe da realeza, em Paris. Porém, o seu casamento já não ia bem como antes, os motivos são desconhecidos, mas, fato é que a filha de Carlota Joaquina chocou a todos mais uma vez, quando decidiu se separar do marido em 1835.

Depois do divórcio, a mulher passou a viver em Roma, onde se estabilizou e acabou passando os últimos 20 anos de sua vida. A marquesa faleceu aos 50 anos, em 22 de junho de 1857. Seu corpo foi sepultado na cripta da igreja de Santo Antônio, em Roma.

A descendência de Ana se espalhou e foi de grande importância para a nobreza portuguesa, a partir dela vieram as casas: Loulé, Linhares, Belmonte e Azambuja.

Viagem

Paula Pitombo e Fábio Monteiro afivelando malas

AFIVELANDO MALAS
Paula Teixeira Pitombo Monteiro filha de Margot e Volney Pitombo, já nos preparativos de afivelar malas para seguir com seu marido Fábio Monteiro, para o Canadá, onde fará pós-graduação em administração.

26ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE SÃO PAULO
Câmara Brasileira do Livro e a Reed Exhibitions, responsáveis pela realização e organização da 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, comunicaram o adiamento do evento para 2022 diante da pandemia de covid-19 e dos seus impactos. O evento ocorreria entre os dias 30 de outubro e 8 de novembro.

BOULEVARD SHOPPING ABRE SUAS PORTAS
Depois de alguns meses fechado por causa da pandemia, o Boulevard Shopping Feira foi reaberto para funcionamento de segunda a sábado observando todas as medidas de higiene e segurança. Um bom começo para a cidade voltar a ter uma vida quase que normal, podendo assim, movimentar a economia.

ORIGEM DO CRIADO-MUDO
No dia a dia acabamos utilizando sem questionar ou simplesmente acaba “passando batido” diversos termos que trazemos desde a nossa infância. Porém, alguns deles podem ter um significado jamais imaginado ou, pior, carregarem uma triste história.

Escravos eram obrigados a ficar a noite inteira parados e calados ao lado da cama dos senhores, como verdadeiros objetos sem vida e daí surgiu o criado-mudo. “Em 1820, os escravos que faziam os serviços domésticos eram chamados de criados.

Essa palavra chegou a dar nome a um móvel, o criado-mudo. Ele foi inventado na Inglaterra; era uma mesinha onde se colocavam os materiais para o chá, dispensando a presença da criadagem que fatalmente acabava se inteirando das situações escabrosas da família.

BAHIA PRORROGA SUSPENSÃO DE EVENTOS E AULAS ESTADUAIS
Eventos com mais de 50 pessoas e aulas nas unidades de ensino das redes pública e privada seguem proibidos em toda a Bahia por pelo menos mais 15 dias. O decreto n° 19.586, que determina a proibição das atividades e venceria neste domingo (21), ficará em vigor até o dia 6 de julho.

GOVERNO PROÍBE POR MAIS 15 DIAS ENTRADA DE ESTRANGEIROS
O governo federal prorrogou por mais 15 dias a proibição de entrada de estrangeiros no Brasil em função da pandemia do novo coronavírus. Medida tinha sido adotada em março. A decisão, publicada em edição extra do Diário Oficial, segue recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e vale para o ingresso por rodovias, via aérea e transporte aquaviário. O transporte de cargas segue permitido.

Yachthouse Residence Club em Balneário Camboriú

YACHTHOUSE RESIDENCE CLUB
Atualmente, o Yachthouse Residence Club em Balneário Camboriú, no estado de Santa Catarina é o empreendimento em construção mais alto do Brasil e da América Latina: com 275 metros de altura! O condomínio, que está previsto para ficar pronto em dezembro deste ano, contará com duas torres de 81 andares cada uma.

Algumas fotos divulgadas pela construtora responsável pela obra, a Pasqualotto, mostram uma projeção das torres prontas e, mesmo estando localizada em uma região onde há vários prédios altos, eles parecem pequenininhos perto delas.

Para dar conta de movimentar os moradores, o empreendimento será equipado com 17 elevadores, sendo que 5 deles são de alta performance e fazem o trajeto do térreo ao 78º andar, último pavimento de apartamentos, em apenas 50 segundos.

Com um imóvel de alto padrão, a estrutura e área de lazer fazem jus ao preço do apartamento, por isso, o condomínio conta com três piscinas, bar panorâmico e até uma marina para os moradores estacionares seus barcos e iates.

Homenagem

Dr. João Durval Carneiro entre sua filha Márcia Merccia e sua mulher Dra. Ieda Barradas Carneiro

HOMENAGEM A DR. JOÃO DURVAL CARNEIRO
A Câmara Municipal de Feira de Santana recebeu uma proposta do vereador Lulinha da Conceição (DEM) para que o busto do ex-prefeito da cidade Dr. João Durval Carneiro, que já foi governador da Bahia e Senador da Republica, fosse colocada na Avenida que leva seu nome.

A Avenida Dr. João Durval Carneiro é uma das mais importantes Avenidas da cidade, e seria mais do que justo homenagear um dos mais importantes prefeitos que teve Feira de Santana, com uma placa retratando sua imagem e não busto ou estátua.

João Durval Carneiro nasceu em Feira de Santana (BA) em 8 de maio de 1929, filho de João Batista Carneiro e de Durvalina Almeida Carneiro.

Formou-se pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) em 1953. Já no ano seguinte deixou o consultório pela política, candidatando-se à Câmara de Feira de Santana, com apoio financeiro do pai, pela Frente Democrática Feirense, que reunia a União Democrática Nacional (UDN) e pequenas agremiações. Reeleito em 1958, candidatou-se à prefeitura em 1962, sendo derrotado pelo candidato do Partido Social Democrático (PSD).

Em novembro de 1966 tornou a disputar a prefeitura, pela Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de apoio ao regime militar instaurado em abril de 1964, saindo-se vencedor contra o candidato do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), agremiação oposicionista. Foi prefeito de janeiro de 1967 a 1971, tendo conseguido eleger seu sucessor, Mílton Falcão, em novembro de 1970. Em 1971, tornou-se diretor-geral da Fundação Centro de Desenvolvimento Industrial (Cedin), da Secretaria da Indústria e Comércio da Bahia.

Em novembro de 1972, voltou a disputar a prefeitura, sendo derrotado pelo candidato do MDB. No ano seguinte participou, como representante do Brasil, do Seminário Latino-Americano para a Descentralização Industrial da América Latina, na Cidade do México. Em 1974 deixou o Cedin e candidatou-se a deputado federal pela Arena. Eleito, tomou posse em janeiro de 1975. Foi membro da Comissão de Agricultura e Política Rural e suplente da Comissão de Saúde (1975).

Reelegeu-se em novembro de 1978, mas não chegou a iniciar novo mandato, pois foi nomeado pelo governador Antônio Carlos Magalhães (1979-1983) para a Secretaria de Saneamento. Em novembro de 1982 foi eleito governador, reconhecendo publicamente a importância que tiveram para seu sucesso a influência de Antônio Carlos e o compromisso assumido de continuidade dele no poder e no controle da máquina do estado. Antônio Carlos escolhera Clériston Andrade, que morreu em acidente aéreo a 45 dias da eleição. João Durval o substituiu na última hora.

Empossado em março de 1983, seu secretariado foi formado em boa parte por integrantes da equipe de Antônio Carlos. Em agosto de 1984 João Durval teve problemas políticos com a derrota de Mário Andreazza na convenção do Partido Democrático Social (PDS), agremiação sucessora da Arena, que escolheu Paulo Maluf para disputar a sucessão do presidente João Figueiredo no Colégio Eleitoral, como candidato do regime militar.

Contudo, a derrota do seu candidato foi transformada em vitória, graças à sua decisão de apoiar o candidato oposicionista Tancredo Neves, da Aliança Democrática — união do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) com a dissidência do PDS abrigada na Frente Liberal. Embora tenha vencido o pleito indireto, por motivo de doença Tancredo não chegou a ser empossado, vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Seu substituto foi o vice José Sarney, que vinha exercendo interinamente o cargo desde 15 de março.

A maior e mais cara obra da gestão de João Durval, o complexo hídrico de Pedra do Cavalo (que empregava cerca de seis mil pessoas), fora planejada no governo de Roberto Santos (1975-1979) e teve a primeira etapa executada na administração de Antônio Carlos, que construiu a grande barragem no rio Paraguaçu.

A João Durval coube a realização de obras complementares (comportas etc.) e a execução da segunda etapa do complexo, o sistema adutor para o abastecimento de água de Salvador, que duplicaria a oferta e garantiria segurança de abastecimento dos seus pólos industriais periféricos, o Complexo Petroquímico de Camaçari e o Centro Industrial de Aratu, e de Candeias, Mataripe, Madre de Deus, Simões Filho e São Francisco do Conde, na região metropolitana.

Pedra do Cavalo produziria energia elétrica por uma usina da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), mas sua função maior seria a de peça-chave de um amplo programa de desenvolvimento do vale do Paraguaçu, que incluía irrigação para a agricultura e controle de cheias. Seus elevados custos e a duração de execução alimentaram constante polêmica entre governo e oposição.

Apesar dos recursos financeiros envolvidos e da importância dessa obra, João Durval considerava prioridade maior de sua gestão o conjunto de inversões modestas reunidas sob a denominação de programa especial de combate à seca (em caráter permanente). O núcleo do programa consistia na construção de milhares de açudes de pequeno porte e aguadas, cinco mil poços artesianos, além de algumas barragens de maior vulto; dava-se às estradas em construção um traçado adequado para que o aterro proporcionasse o represamento de águas.

Na capital, construiu novo terminal de passageiros no aeroporto internacional Dois de Julho e um terminal turístico marítimo, reconstruiu o Mercado Modelo, destruído por um incêndio, e, no setor de habitação, desenvolveu o projeto integrado Cajazeira Fazenda Grande, destinado a famílias de baixa renda, uma cidade de porte médio na periferia urbana que abrigaria 135 mil pessoas em 22.500 unidades habitacionais.

Obras de tal porte foram possíveis graças a uma elevação significativa da dívida pública. Mas sua gestão foi marcada por contínua elevação da receita do estado, incluindo operações de crédito e outras fontes, além da arrecadação tributária. Esta deveu seu crescimento, em grande parte, ao Pólo Petroquímico de Camaçari, que se aproximava do cacau como gerador de Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM).

Sua atuação política baseou-se no permanente contato com as pequenas lideranças dos municípios da área de Feira de Santana, onde ficava sua fazenda, e de outras regiões, fazendo-se acompanhar da maioria de seus secretários para rápidas consultas e improvisados despachos. Seu programa de governo pautou-se na promessa de construir poços tubulares no semi-árido, em cujas inaugurações se ritualizava sua política de conquista do apoio de políticos de pequenos municípios.

Na primeira metade de sua gestão, conseguiu manter sua base parlamentar, de cerca de 40 deputados numa Assembléia Legislativa de 63 cadeiras (23 do PMDB), apesar das divisões sobre os candidatos à presidência da República. Apoiavam-no políticos filiados ao PDS e ao Partido da Frente Liberal (PFL).

Em meados de 1985, próximo ao fim do mandato e em campanha eleitoral, fez nomeações que se tornaram tema de seguidas reportagens apontando irregularidades desta e de outras medidas de sua gestão. Alegando necessidades funcionais em face das obras realizadas, contratara 16 mil funcionários em apenas quatro dias (fim do prazo de quatro meses antes da eleição, determinado pela legislação eleitoral). Entre eles contavam-se parentes e nomes indicados por seus secretários, por políticos e pela mulher.

As contratações dispensaram concurso, com base numa lei estadual aprovada pela maioria pedessista na Assembléia. Tais reportagens denunciavam ainda a contratação de integrantes da família para cargos importantes desde o início do governo, bem como o superfaturamento de obras e o duplo pagamento a duas empreiteiras pela construção de uma estrada de 25 quilômetros de extensão não concluída.

O arrolamento de irregularidades buscava inclusive as cometidas como prefeito de Feira de Santana, quando já praticava o nepotismo e gastos excessivos.

Filiou-se ao PFL em janeiro de 1986 e apoiou, ao lado do ministro das Comunicações, Antônio Carlos Magalhães, o jurista Josafá Marinho, candidato ao governo pela coligação Aliança Democrática Progressista, formada por PFL, PDS, PTB e Partido Democrata Cristão (PDC). O candidato governista sofreu derrota fragorosa, inclusive em municípios onde se contava com uma vitória com mais de 70% dos votos.

Foi eleito o candidato da coligação oposicionista A Bahia Vai Mudar, Valdir Pires, com uma diferença de cerca de um milhão de votos. Alguns afirmam que o ministro teria responsabilizado João Durval por tal resultado. Este planejava deixar a política ao fim do mandato, em março de 1987, e retomar suas atividades de pecuarista em Feira de Santana.

Entregou o cargo dias antes do prazo ao vice-governador Edvaldo Flores, temendo possíveis manifestações de “grupos organizados” contra ele, na cerimônia de transmissão do cargo ao sucessor.

Após alguns meses de afastamento, voltou à atividade política participando ativamente da campanha municipal de 1988. Rompido politicamente com Antônio Carlos desde 1990, quando seu nome foi preterido em favor de Josafá Marinho para disputar uma cadeira no Senado, em 1992 foi eleito prefeito de Feira de Santana, pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), derrotando o candidato do PMDB, Luciano Ribeiro.

Desincompatibilizando-se da chefia do Executivo municipal, em outubro de 1994 tentou retornar ao governo, mas foi derrotado no segundo turno por Paulo Souto, seu ex-secretário e candidato do PFL, apoiado por Antônio Carlos e pelo candidato à presidência da República Fernando Henrique Cardoso. De volta à prefeitura de Feira de Santana, encerrou seu mandato em dezembro de 1996.

Em outubro de 1998, voltou a disputar o governo, dessa vez pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), em coligação com o Partido Socialista Brasileiro (PSB), o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), o Partido Popular Socialista (PPS), o PMN e outras agremiações de menor expressão. Foi derrotado no primeiro turno pelo candidato do PFL, César Borges.

Nas eleições de 2002 concorreu a uma cadeira no Senado Federal pela Bahia, na legenda do PDT, mas não se elegeu. Obteve então cerca de 783 mil votos, terminando a disputa em quinto lugar. Os eleitos foram Antônio Carlos Magalhães e César Borges, ambos do PFL. Teve mais sucesso, porém, em 2006, quando foi eleito senador na legenda do PDT. Na legislatura iniciada em fevereiro de 2007, participou como titular do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura e da Comissão de Assuntos Sociais.

Casou-se com Ieda Barradas Carneiro, com quem teve sete filhos. Um deles, Sérgio Carneiro, foi deputado estadual na legislatura 1991-1995, e deputado federal pela Bahia, eleito em 1994 e em 2006. Outro filho de João Durval, João Henrique, foi, eleito prefeito de Salvador em 2004 e reeleito para o cargo nas eleições de 2008. FONTE: CÂM. DEP.

História

Retrato de Maria I, a Rainha de Portugal e Algarves – Wikimedia Commons

A INTENSA VIDA ÍNTIMA DE DONA MARIA I DE PORTUGAL
Quanto mais velha ficava, mais vestidos pesados e pomposos Dona Maria I era obrigada a vestir. Na cabeça, grandes e volumosas perucas cobertas por coroas e véus delicados. Ela era, ao final das contas, a Rainha de Portugal e Algarves.

Sua supremacia na corte, no entanto, era bastante questionada por um motivo complexo: a saúde mental de Maria I. Nascida em dezembro de 1734, a monarca tinha pensamentos confusos e, ao final da vida, era considerada uma mulher louca.

Ainda assim, antes da coroa, do trono e das roupas extravagantes, Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana era uma jovem gentil, carinhosa e empática, a herdeira perfeita para continuar o legado da Casa Bragança.

Maria I quando ainda jovem / Crédito: Wikimedia Commons

A princesa do palácio

Dona de bochechas rosadas, Maria I era uma das quatro filhas de José I, o Príncipe do Brasil, e Mariana Vitória da Espanha. Quando pequena, caminhava por seus aposentos com tranquilidade e tinha uma infância padrão para a nobreza da época.

Aos 25 anos, como era de costume, foi prometida em casamento. A monarquia, entretanto, demorou um pouco para decidir com quem Maria I assinaria o matrimônio. Pensavam em uni-la com seu tio, Luís da Espanha, ou com o Imperador do Sacro Império Romano, José II.

Por fim, com o objetivo de dar continuidade à linhagem da Casa Bragança, Maria I teve de aceitar o noivado com seu tio, Pedro de Bragança, de 42 anos. A cerimônia Real enfim aconteceu na Real Barraca da Ajuda, em 6 de junho de 1760.

Pintura de Maria I ao lado de Pedro III, o Rei de Portugal e Algarves / Crédito: Wikimedia Commons

Entre quatro paredes

Uma vez casados, os dois nobres entraram em um casamento harmônico e bastante feliz. Juntos, tiveram seis filhos, dos quais apenas três chegaram à idade adulta. Assim, permaneceram casados e na linha de sucessão do trono por 17 anos.

Foi apenas em 1777, após a morte de D. José I, que o casal de monarcas ascendeu ao trono. Assim, Pedro de Bragança tornou-se Pedro III, o Rei de Portugal e Algarves, enquanto Maria I assumiu o posto de Rainha consorte.

Agora cercados de toda a pompa e circunstância da coroa, o casal parecia ter tudo sob controle. Em meados de 1792, no entanto, um grande obstáculo foi colocado na feliz e elegante vida dos monarcas: Maria I foi diagnosticada como mentalmente instável.

Pintura de Maria I, Rainha de Portugal e Algarves / Crédito: Wikimedia Commons

Uma mandante frustrada

Logo depois de receber a conclusão médica, Maria I deixou de ser reconhecida como a Rainha Piedosa e passou a ser chamada de louca. Seus dias eram repletos de insanidades e medos intangíveis. Frustrada, ela sequer tomava seus remédios.

Sem qualquer tipo de tratamento medicinal, o estado mental da monarca só fez piorar. Religiosa como era, Maria I passou a fantasiar que estava no Inferno e tinha surtos constantes. A tão esperada salvação espiritual parecia estar distante demais.

Incapaz de desempenhar qualquer posto político, então, a monarca assistiu de camarote quando seu filho, José, Duque de Bragança, assumiu suas responsabilidades como mandante. À essa altura, Maria I dormia poucas horas por dia e, durante a madrugada, costumava correr pelos corredores do palácio.

Sua situação piorou ainda mais quando seu marido e seu filho faleceram, em 1786 e 1788, respectivamente. Em meados de 1799, Maria I já estava sendo tratada com camisas de força e banhos de água extremamente gelada. Em permanente estado de luto, eventos ou qualquer tipo de entretenimento estavam proibidos no palácio.

Maria I em um de seus vestidos extravagantes / Crédito: Getty images

Uma viagem não faz mal para ninguém

A cada ano, o trono de Maria I era mais ameaçado e, a fim de evitar ser deposta, a Família Real Portuguesa decidiu transferir-se para o Brasil. Assim, em meados de 1808, os nobres chegaram ao litoral do Rio de Janeiro.

Durante oito anos de sua vida, a monarca viveu infeliz em terras brasileiras. Os surtos psicóticos estavam cada vez piores e o medo de ir para o Inferno era constante. Em 1815, Maria I tornou-se a Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, mas faleceu no ano seguinte, aos 81 anos de idade.

Com sua morte, D. João, seu herdeiro direto, foi nomeado o novo regente. Mais tarde, graças às constantes companheiras da Rainha, o termo Maria-vai-com-as-outras foi cunhado. Segundo Brasil Gerson, a brincadeira fazia referência ao fato de que a monarca era sempre conduzida por suas damas, para onde quer que fosse.

História

Carlota Joaquina – Wikimedia Commons

A INTIMIDADE ARDILOSA DE CARLOTA JOAQUINA
Carlota Joaquina era conhecida somente como Carlota e vivia uma infância travessa e brincalhona. Mas a princesa filha do rei espanhol Carlos IV estava predestinada a um futuro de camaleoa, dividida entre dois países — a Espanha, claro, mas também Portugal. Para selar os laços com esse último, ela teve a meninice interrompida, ao se casar aos 10 anos de idade.

A criança virou esposa em 25 de abril de 1775, do príncipe de Portugal, D. João, que tinha seus 18 anos. Isso soa como — e de fato é — pedofilia. Mas, naquela época, tratava-se de um acordo político: uma aliança para que os países se recuperassem, em um momento de crise e perda de centralidade no cenário europeu.

A menina ossuda, mais tarde, ganhou fama de Megera de Queluz, sendo odiada na corte portuguesa. E seu casamento arranjado com o barrigudo D. João foi um fiasco. Para começar, o festejo de bodas, que aconteceu no dia 9 de junho, foi turbulento. Carlota tinha temperamento forte, para se dizer o mínimo.

Durante a lua de mel, ela teria agredido o marido com uma dentada. Ao longo do casamento com o príncipe de Portugal, a garota também não foi nenhuma esposa submissa. Aos olhadores do povo, ela era uma mulher promíscua que tentava influenciar o cônjuge a favor das ambições da coroa espanhola.

Seu defeito mais conhecido seria que Carlota era supostamente adúltera, tal como a mãe, Maria Luísa de Parma — a rainha que traía o marido, o Rei Carlos IV de Espanha, com o primeiro-ministro, Manuel Godoy.

D. João VI e Carlota Joaquina / Crédito: Wikimedia Commons

Em meio às traições no casamento, Carlota e D. João tiveram 9 filhos, sendo o mais famoso dele D.Pedro I, que se tornaria  Imperador do Brasil e Rei de Portugal. A questão é que muito se tinha dúvidas sobre quais dos filhos eram legítimos ou frutos do adultério.

No livro D. João VI, de Jorge Pedreira e Fernando Dores Costa, há um parágrafo que põe em dúvida a paternidade de seis dos noves filhos do monarca marido de Carlota Joaquina. “Parece que D. Pedro, D. Isabel Maria eram indubitavelmente seus. D. Ana é talvez o primeiro fruto de João dos Santos [um jardineiro]. D. Maria Francisca é filha de Luiz da Motta Feo”, escreveu.

A obra diz ainda que D. Miguel não era herdeiro legítimo, mas na verdade filho do Marquês de Marialva; D. Maria da Assunção, era por sua vez, fruto de uma relação de Carlota com João dos Santos. E pior: acerca dos outros filhos da princesa, nem se quer se sabia quem era o pai.

Os planos de Carlota

Por outro lado, a fama de adúltera da Megera de Queluz é tratada de modo diferente no livro Memórias de Carlota Joaquina, a amante do poder, do historiador argentino Marsilio Cassotti. Ele defende que a esposa de D. João era alvo na verdade de uma campanha negativa do governo português e do governo inglês.

Ela teria ficado conhecida como infiel, em uma tentativa de seus rivais de difamá-la. Os rumores surgiram logo após a ambiciosa Carlota ter elaborado um golpe para derrubar o próprio marido.

O plano surgiu enquanto D. João se tornou príncipe regente. Em 10 de fevereiro de 1792, a doença mental de D.Maria I, apelidada de “a Louca”, entregou a regência nas mãos do príncipe. Mais tarde, Carlota Joaquina tentou tomar o poder.

Retrato de Carlota Joaquina / Crédito: Wikimedia Commons

Em 1805, enquanto D. João ainda estava em Portugal, o regente descobriu a conspiração tramada por sua esposa. Ela, com o apoio de nobres e eclesiásticos, queria declará-lo incapaz. Acabou não dando certo.

Além disso, como o país natal de Carlota, a Espanha, estava sob o poder de Napoleão, a família dela foi aprisionada. O plano da mulher astuciosa era, então, governar as colônias espanholas, se transformando na rainha do Rio da Prata. Como já sabemos, o projeto fracassou.

Embarque para o Brasil e exílio

Portugal também foi ameaçada pelas tropas napoleônicas e em 1807 a família real foi obrigada a embarcar para o Brasil. Carlota se viu forçada a ir junto de D. João e os filhos até o Rio de Janeiro. Por lá, morou longe dele, em locais mais bucólicos, como Botafogo. Os dois só se encontravam durante solenidades, tamanho o climão.

Em 1820, devido à Revolução do Porto, eles tiveram que voltar à Portugal, mas nem assim Carlota desistiu do golpe. Em uma manobra chamada Conspiração da Rua Formosa, ela tentou fazer o rei abdicar e destruir a constituição. Após várias tentativas, mais uma vez, o estratagema falhou devido à boa base política de D. João.