História

Imagem meramente ilustrativa de cédulas brasileiras e relógio de bolso – Divulgação/Pixabay

DE D. PEDRO II AO LOBO-GUARÁ
Desde a Família Imperial até a Unidade Real de Valor, o país já teve nove padrões monetários que contam toda sua história.

O Brasil conta com o próprio sistema monetário desde o século 17, quando o país ainda era governado pela Família Imperial. Daqueles anos em diante, a economia se desenvolveu e, com ela, as moedas brasileiras foram atualizadas.

Com o passar dos anos e dos poderes, novos planos econômicos e diferentes cédulas entraram em vigor. Agora, em pleno 2020, o país foi apresentado à mais uma nota, a sétima da família do Real e a mais recente lançada em 18 anos de padrão monetário.

Diferente do que as gerações modernas estão acostumadas, a cédula de R$ 200 não é a única na história do país a apresentar grandes valores. O Brasil já conta com nove moedas e toda sua história pode ser contada através delas.

Moeda imperial

Cédula de 500 Réis com Dom Pedro II estampado / Crédito: Wikimedia Commons

Com Dom Pedro II estampado nas cédulas, os Réis circularam pelo país tanto no Brasil Império, quanto nos primeiros anos da República. Com a chegada do novo modelo político, o padrão monetário foi mantido, mas novas notas foram impressas para a República dos Estados Unidos do Brasil. Chamadas de patacões, as moedas de Réis circularam por quase 140 anos anos, de 1695 a 1834.

Carimbos e moedas

Cédula de Dez mil Cruzeiros com carimbo de Dez Cruzeiros Novos / Crédito: Divulgação

Em meados de 1942, o Brasil foi apresentado ao Cruzeiro. Todas as cédulas foram trocadas e novos personagens, como Santos Dumont, apareceram nas estampas. Em 1967, no entanto, o valor do cruzeiro desvalorizou e, enquanto novas notas eram criadas, o Cruzeiro Novo surgiu, com carimbos de identificação e três zeros a menos.

Sacos de dinheiro

Nova cédula de um Cruzeiro e cédula de Mil Cruzados com carimbo de Um Cruzado Novo / Crédito: Wikimedia Commons

Entre 1970 e 1986, as novas cédulas foram impressas e o padrão monetário voltou a chamar-se Cruzeiro — ainda que o valor seguisse equivalente ao dos Cruzeiros Novos. A partir de 1986, no entanto, o Brasil enfrentou as terríveis inflações e o padrão monetário foi convertido para os Cruzados e Cruzados Novos do governo de José Sarney, até 1990.

Planos frustrados

Cédula de 500 mil Cruzeiros que logo se tornariam Cruzeiros Reais / Crédito: Divulgação

Quando os planos econômicos de Sarney não abaixaram a inflação, como era esperado, outra ideia entrou em ação. Já sob comando de Fernando Collor, as moedas voltaram a se chamar Cruzeiro. A inflação, todavia, seguia nas alturas, as poupanças dos brasileiros foram confiscadas e o Cruzeiro Real teve de ser criado, aproveitando cédulas que já existiam e outras impressas na época da gestão de Itamar Franco, até 1994.

Cédulas modernas

Cédula de 200 Reais, a mais recente criada pelo Banco Central / Crédito: Wikimedia Commons

Enquanto Itamar Franco ainda comandava o país, o Plano Real entrou em vigor, com Fernando Henrique Cardoso como Ministro da Fazenda. Ao contrário do que foi feito no passado, o Banco Central decidiu pela troca de todas as moedas já em circulação e novas cédulas foram impressas, logo depois da adoção da Unidade Real de Valor (URV).