História
DE D. PEDRO II AO LOBO-GUARÁ
Desde a Família Imperial até a Unidade Real de Valor, o país já teve nove padrões monetários que contam toda sua história.
O Brasil conta com o próprio sistema monetário desde o século 17, quando o país ainda era governado pela Família Imperial. Daqueles anos em diante, a economia se desenvolveu e, com ela, as moedas brasileiras foram atualizadas.
Com o passar dos anos e dos poderes, novos planos econômicos e diferentes cédulas entraram em vigor. Agora, em pleno 2020, o país foi apresentado à mais uma nota, a sétima da família do Real e a mais recente lançada em 18 anos de padrão monetário.
Diferente do que as gerações modernas estão acostumadas, a cédula de R$ 200 não é a única na história do país a apresentar grandes valores. O Brasil já conta com nove moedas e toda sua história pode ser contada através delas.
Moeda imperial
Com Dom Pedro II estampado nas cédulas, os Réis circularam pelo país tanto no Brasil Império, quanto nos primeiros anos da República. Com a chegada do novo modelo político, o padrão monetário foi mantido, mas novas notas foram impressas para a República dos Estados Unidos do Brasil. Chamadas de patacões, as moedas de Réis circularam por quase 140 anos anos, de 1695 a 1834.
Carimbos e moedas
Em meados de 1942, o Brasil foi apresentado ao Cruzeiro. Todas as cédulas foram trocadas e novos personagens, como Santos Dumont, apareceram nas estampas. Em 1967, no entanto, o valor do cruzeiro desvalorizou e, enquanto novas notas eram criadas, o Cruzeiro Novo surgiu, com carimbos de identificação e três zeros a menos.
Sacos de dinheiro
Entre 1970 e 1986, as novas cédulas foram impressas e o padrão monetário voltou a chamar-se Cruzeiro — ainda que o valor seguisse equivalente ao dos Cruzeiros Novos. A partir de 1986, no entanto, o Brasil enfrentou as terríveis inflações e o padrão monetário foi convertido para os Cruzados e Cruzados Novos do governo de José Sarney, até 1990.
Planos frustrados
Quando os planos econômicos de Sarney não abaixaram a inflação, como era esperado, outra ideia entrou em ação. Já sob comando de Fernando Collor, as moedas voltaram a se chamar Cruzeiro. A inflação, todavia, seguia nas alturas, as poupanças dos brasileiros foram confiscadas e o Cruzeiro Real teve de ser criado, aproveitando cédulas que já existiam e outras impressas na época da gestão de Itamar Franco, até 1994.
Cédulas modernas
Enquanto Itamar Franco ainda comandava o país, o Plano Real entrou em vigor, com Fernando Henrique Cardoso como Ministro da Fazenda. Ao contrário do que foi feito no passado, o Banco Central decidiu pela troca de todas as moedas já em circulação e novas cédulas foram impressas, logo depois da adoção da Unidade Real de Valor (URV).